PEQUENO ANEDOTÁRIO SÓCIO POLÍTICO DO BRASIL 3: DEMOCRACIA DE HERODES



Estamos vivendo intensamente a política nos últimos meses, quase de forma obrigatória e não inclusiva como se tudo fosse um filme que vemos a distância sem entender bem seu enredo ou qual será seu final infeliz.

Teoricamente temos a política distribuída no seguinte conceito: extrema direita caminhando ao centro até a extrema esquerda, a questão é que aqui não temos ideologias políticas, seguimento ideológico ou coerência partidária. Temos cerca de 35 partidos políticos e aproximadamente 15.000 sindicatos. Será que temos toda essa disparidade de conceitos? Será que temos todas essas classes a serem defendidas?

Sofremos sérios problemas políticos, com escândalos novos e reprisados sendo anunciados diariamente nos telejornais. As listas de nomes só aumentam, e cada vez mais o setor privado se vê afundado neste mar de lama que se tornou o Brasil...que poderia até mudar de nome para Odebrecht pois em tudo ela está presente: no saneamento básico, nos caminhos das rodovias, nos prédios, pontos turísticos. Junta os bancos que comandam a parte financeira, chama os irmãos Batista do grupo  J&F / JBS mais uma meia dúzia de pilantras que vemos diariamente nos jornais e está formado o bonde do rapa, e não vai sobrar nada do Brasil, vamos ver quem é que paga pra ficarmos assim...

Vivemos um novo conceito político: a democracia de Herodes, seguindo a premissa de entregar o destino de nossa salvação na mão de pilheiros, covardes e ladrões, nos abdicando de nossos próprios direitos e apáticos de forma subjetiva dizemos "lavo minhas mãos" e seguimos dividindo a culpa entre todos nós.

Ou seja, entregamos a tomada de decisão aos senhores dos destinos parametrizados pelos desejos errados de um povo débil, ignorante e de olhos fundos.

Nossas instâncias administrativas e os poderes estão desacreditados. Nossos excelentíssimos magistrados se perdem em conceitos doutrinários que não refletem os anseios do povo. Se perdoa dívidas milionárias de grandes empresas e pleiteiam uma reforma trabalhista e previdenciária que apesar de dizerem que não, prejudica sim aos menos favorecidos,  fragilizando as relações na parte do proletariado e favorece muito os interesses dos empresários.

Como já era esperado, novas relações estão acontecendo, respingando agora também na presidência, pegando em cheio PSDB e PMBD, e a crise política chega a níveis estratosféricos.

E como diz a música: "da favela ao senado, sujeira pra todo lado".

Não é difícil entender o que aconteceu com o Brasil: tudo estava indo bem, a sociedade prosperava, era igualitária, com valores bem definidos, boa distribuição de terras e de produção, engajamento social, produtividade...foi então que chegou três caravelas e tudo foi para o beleléu.

Nossas instituições falidas, nossa ignorância escancarada, nossos valores deturpados, nossa estupidez aplicada, nossa fé desacreditada , nossa pobreza de espírito latente, o problema é que as pessoas não lêem, não pensam e são preguiçosos  e continuamos fazendo o que sabemos fazer de melhor: ser o nosso pior.

REDAÇÃO 
AFM

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