PUTA QUE PARIU! ELEIÇÕES 2016




Mais um ano eleitoral chegou e novamente nos deparamos com a comédia da política nacional, qual neste pleito os postulantes buscam o cargo de prefeito e vereadores, nas mais de 5700 cidades de nossa pátria amada, relegada por nossa estupidez e ignorância, que se mostra ainda mais latente na nomeação de nossos governantes, em todas as esferas administrativas.

Como em toda eleição, temos o privilégio de presenciarmos um dos mais genuíno e famigerado show de horrores, mais que também acumula a capacidade de ser uma das melhores comédias da vida real: a campanha eleitoral. (Ah campanha eleitoral, sua linda)...

Vamos à parte séria (?!) – Mudança nas regras para a campanha eleitoral 2016

Este ano, as regras para a campanha eleitoral mudaram devido ao advento da Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral 2015, que promoveu alterações nas regras das eleições deste ano ao introduzir mudanças nas Leis n° 9.504/1997 (Lei das Eleições), nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). Além de mudanças nos prazos para as convenções partidárias, filiação partidária e no tempo de campanha eleitoral, que foi reduzido, está proibido o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, significando que as campanhas eleitorais deste ano serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário.

A reforma também reduziu o tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto, no primeiro turno. Assim, a campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão com 10 minutos cada. Além dos blocos, os partidos terão direito a 70 minutos diários em inserções, que serão distribuídos entre os candidatos a prefeito (60%) e vereadores (40%). Em 2016, essas inserções somente poderão ser de 30 ou 60 segundos cada uma.

Piada sem graça engraçada

A parte mais icônica das eleições são os candidatos se apresentando com seus apelidos, quais podemos adjetivar desde bizarro, passando pela falta de noção até chegarmos ao esdruxulo.

A lei eleitoral 9.504/97 permite que os postulantes usem além do nome principal, algumas variantes, a legislação especifica que os candidatos às eleições proporcionais indicarão, no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções. Segundo o TRE, isso é um direito dos candidatos para o postulante ao cargo eletivo pode divulgar melhor sua candidatura perante o eleitorado, como intuito de ser um facilitador na identificação do eleitor com seu candidato.

O uso destes “nomes” é uma técnica de propaganda usada para atrair eleitores, porém este joguete ao ser exagerado pode torna-se algo jocoso e depreciativo, fazendo o candidato virar motivo de piada. O fato é que muitos destes candidatos são oriundos de classes mais pobres, e normalmente viram motivo de deboches, incentivando o pobre a caçoar de si mesmo. Na maioria das vezes os candidatos que usam apelidos engraçados não são muito conhecidos, e dificilmente eles conseguem se eleger.

Vamos a famigerada lista:

Ofensivos:

Depreciativos:

Estranhos:

Bocas:

Presidentes americanos:

Super-heróis:

Personagens clássicos:


Homônimos e celebridades:

Filmes (!):


Na nossa região de Campinas

Para a Prefeitura de Campinas, principal cidade de nossa região metropolitana e uma das mais importantes cidades do país, com PIB e população maior que várias capitais estaduais de nossa nação, temos um candidato à reeleição, Jonas Donizette (PSB) e temos mais 8 postulantes ao Palácio dos Jequitibás. Assumindo uma administração pública quase falida, Jonas prega a continuidade, dizendo que a cidade avançou apesar da crise e de outros entraves.

O vereador Artur Orsi (PSD) destaca o seu plano de governo a experiência acumulada em quatro mandatos como parlamentar, porém se sua campanha se esforça mais em desmoralizar o concorrente do que falar de suas pretensões.

Temos ainda o  ex-prefeito Hélio de Oliveira (PDT) apresenta ideias megalomaníacas e longe da realidade, e teve recentemente sua candidatura impugnada, graças a uma ação do Ministério público e do vereador e candidato a reeleição Marcos Bernardelli (PSDB).

O candidato do PT, Marcio Pochmann, tem como meta ampliar os programas de participação popular, os conselhos, as conferências municipais e os congressos da cidade. Prevê repensar o sistema de mobilidade urbana, bem como revitalizar o Centro e ampliar os projetos habitacionais.

Também com oposição ferrenha ao governo Jonas, a candidata Marcela Moreira (PSOL) propõe reduzir 1000 cargos comissionados, ampliar a participação popular criar 200km de ciclovia, e reduzir a tarifa de ônibus para R$ 1 e implantar a Tarifa Zero em até quatro anos. 

Resumo das propostas dos candidatos:

ARTUR ORSI (PSD)
- Participar ativamente do processo para desatar os nós que atrasam a implantação do trem intercidades
- Zerar o déficit do ensino infantil e garantir a presença de todas as crianças e jovens na escola
- Reduzir custos sem reduzir os serviços à população

EDSON DORTA (PCO)
- Controle real da administração municipal através de conselhos operários e populares
- Imediata suspensão de todas as obras realizadas a partir do interesse das empreiteiras
- Dissolução das guardas civis metropolitanas

HÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS (PDT)
- Zerar o déficit de vagas na educação infantil
- Construir um novo teatro municipal, uma arena multiuso e ginásios esportivos
- Reformar e atualizar Centros de Saúde

JACÓ RAMOS (PHS)
- Estimular o uso de produtos orgânicos na merenda escolar
- Atingir uma taxa de alfabetização próxima à 100%
- Construir Centro de Atendimento para Animais de Pequeno e Médio Porte

JONAS DONIZETTE (PSB)
- Reforçar os investimentos na criação de unidades habitacionais, principalmente para a população de baixa renda
- Reformar e recuperar espaços públicos ligados à Cultura, como o Centro de Convivência Cultural
- Abrir novas vagas em creches e unidades de educação infantil

MARCELA MOREIRA (PSOL)
- Reduzir mil cargos comissionados
- Ampliar a participação popular
- Reduzir a tarifa de ônibus para R$ 1 e implantar a Tarifa Zero em até quatro anos

MARCOS MARGARIDO (PSTU)
- Acabar com a Polícia Militar
- Reconhecer como instâncias de deliberação política comitês ou conselhos populares
- Povo é quem deve decidir se a Prefeitura deve seguir pagando aos banqueiros a dívida

MARCIO POCHMANN (PT)
- Ampliar os programas de participação popular, como conselhos e conferências da cidade
- Ampliação dos serviços de saúde, da oferta de profissionais e das equipes de saúde
- Aumento da aplicação das verbas federais na educação pública

SURYA GUIMARAENS (REDE)
- Promover a igualdade de gêneros por meio de educação e de campanhas públicas de conscientização
- Promover a auditoria cidadã para garantir a transparência dos gastos
- Planejar o desenvolvimento urbano descentralizado

As propostas de governo dos candidatos a prefeito de Campinas podem ser lidas, integralmente, no link www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/divulgacao-de-candidaturas-e-contas-eleitorais.

Para encerrar...

Caríssimos e raros leitores, queremos nesta oportunidade provocar a reflexão. Analise, pesquise, questione, pergunte, debata, entenda as propostas dos seus candidatos.

Lembre-se: NÃO É A POLÍTICA QUE FAZ O CANDIDADO VIRAR LADRÃO, É O SEU VOTO QUE FAZ O LADRÃO VIRAR POLÍTICO.

Pense bem! Urna não é penico, voto com consciência, vote com inteligência.

Boas eleições!

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REDAÇÃO

AFM

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