CONVERSA FILOSÓFICA 12 - APRESENTAÇÃO ELEMENTOS ATEMPORAIS, ACIMA DO BEM E DO MAL.



No ato da filosofia cotidiana, lidamos com diversas situações e muitas vezes contextualizamos com certos elementos abstratos que estão acima do bem e do mal e que são atemporais. Estes elementos estão inseridos em nossas rotinas quase que diariamente, em maior ou em menor proporção mais nem sempre tomamos à dimensão que eles causam em nosso viver.

Estes elementos são bastante complexos e ensejam muitas teorias, porem neste pequeno anedotário, desejamos apenas apresentá-los a luz da reflexão para entre outras coisas buscarmos entender nossa pequenez e nossa debilidade frente a elementos incontroláveis seja em qualquer ordem. Não buscamos aqui classificá-los, elencá-los, nem acreditamos sermos capazes de entender uma ínfima parte de toda a magnitude que envolvem estas forças, e esperamos adentrar em futuros devaneios nos méritos individuais de cada um.

O primeiro deste elemento que apresentamos é o Caos, que aparece largamente como base de teorias religiosas e cientificas representando o início ou fim de tudo. Qual em seu comportamento aleatório e imprevisível geram resultados complexos, talvez imperfeitos num primeiro momento, contudo perfeitos no todo, pois sua complexidade e a dinâmica de sistemas que, embora aparentemente imprevisíveis, parecem acontecerem de fatos regidos por leis deterministas, desde os menores e mais simples elementos, até as teorias mais grandiosas e complexas.

Do caos partimos para o Infinito, qual como sua própria definição não tem fim, porém ainda sim continua avançando, se desenvolvendo (!). O infinito ainda pode ser associado ao cíclico, explicando ou justificando a eterna cadeia que conduz nosso universo em início, meio e fim, fim que novamente alimenta o início e faz a roda do Tempo girar. O Tempo: um elemento brutal, incólume...de todos, talvez o que mais pensamos ter controle, devido ao frágil sentimento que temos de que controlamos o tempo, através de nosso medidores chamados relógios. Ao criarmos uma métrica de mensuração, temos a falsa sensação da duração relativa de periodicidade qual cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Mais será que o tempo que contamos realmente é o tempo do tempo?

Tempo que nos remete ao futuro, mais ainda: não é o futuro apenas uma expectativa irreal? Mas aí acontece o Destino. Outro elemento qual também acreditamos ter controle...mais se tudo já está escrito, como podemos ter controle do que já é para acontecer.

Não podemos deixar de pensar ainda na Evolução, que destes elementos talvez seja a mais abstrata, bem como a natureza, que ao contrário, talvez seja a mais palpável.

Por fim, temos talvez de todos, aquela mais presente em nossas vidas, seja pela iminência de nos acometer, direta ou indiretamente, seja por toda sua representatividade. Ainda na nossa falsa esperança de controlar o tempo, uma das mais velhas e primordiais, ao lado do próprio Tempo e do próprio Caos, talvez existente antes mesmo de Deus, e talvez a única qual Deus peça licença. Mal interpretado, muitos lhe atribuem uma faceta malévola, porém é essencial para o equilíbrio e ordenança de tudo. Atribuem-lhe como um dos cavaleiros do apocalipse: a Morte, que em algumas vezes também é representada como um anjo de Deus.

Estes, são elementos, entidades talvez até mesmo ideias, que são atemporais, pois estão presentes no universo em qualquer ou em todo o tempo independentes de quais definições lhe sejam atribuídas, e estão acima, ou além do bem e do mal, pois caminham indiferentes a estes conceitos, sendo pilares de nossa existência ou de nossos fins.

REVISÃO
VIVIEN RIBEIRO BRAGION

REDAÇÃO
AFM

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PUTA QUE PARIU! ELEIÇÕES 2016

PUTA QUE PARIU! ELEIÇÕES 2014 – BLÁ, BLÁ, BLÁ...

CONVERSA FILOSÓFICA 4: NÚMEROS, TEORIA DO GUINU E CELEBRAÇÕES!