CONVERSA FILOSÓFICA 7: TEORIA DA CONSCIÊNCIA DE SÍ MESMO.



Qual a sua concepção de mulher? Qual a sua concepção de homem? Qual sua concepção de Mãe? Qual a sua concepção de Pai? Qual a sua concepção de namoro? Qual a sua concepção de político? Qual a sua concepção de Filosofia?
Vivemos num mundo baseado em estereótipos, estereótipos são concepções previas, e ou imagens preconcebidas de determinada pessoa, coisa ou situação. Usamos este conceito para definir e ou limitar algo, alguém ou um grupo de coisas e ou pessoas na sociedade, e num conceito mais amplo até mesmo no mundo.
O estereótipo surge numa abordagem psicossocial, quais as crenças compartilhadas por determinado grupo têm origem em obras filosóficas e nesse aspecto se volta o estudo sobre estereótipos nas diversas experiências e vivências dos grupos. Assim, por intermédio da percepção, as vivências históricas e socioculturais se tornam presentes à nossa consciência, gerando a afetividade e as ações que determinada experiência permite ter. Define-se estereótipo social como crença coletivamente compartilhada acerca de algum atributo, característica ou traço psicológico, moral ou físico atribuído extensivamente a um agrupamento humano, formado mediante a aplicação de um ou mais critérios, como por exemplo, idade, sexo, inteligência, filiação religiosa e outros. Os estereótipos sociais influenciam condutas e comportamentos em interações sociais quando os interatores são enquadrados por essa crença. O estereotipo está intimamente ligado ao preconceito.
Porém mais do que uma alcunha de preconceito, vivemos num mundo baseado em estereótipos, senão vejamos:
Por exemplo, temos o estereótipo de namoro, qual a maioria das pessoas ao namorarem se usam deste para definir os parâmetros do relacionamento, nisso as pessoas definem os comportamentos adotados frente ao parceiro, ciúmes, traições, formas de ludibriar, ou seja, o relacionamento é baseado num estereótipo, que forja um relacionamento baseado em mentiras, fruto da preconcepção do que é o namoro. Assim como as pessoas tem essa concepção prévia de namoro, assim tem também a concepção prévia, ou estereótipo de pai, de mãe, de irmão, de tio, de avó, de pessoa honesta, de pessoa trabalhadora, de malandro, enfim, temos estereótipos de tudo.
Muitas pessoas vivem diariamente vários tipos de relacionamentos: relacionamento profissional, amoroso, familiar, social. Nestes relacionamentos as pessoas assumem o melhor “papel” para cada momento e para cada relacionamento, ou seja uma pessoa pode ter várias facetas, e a pessoa perde a consciência de si mesmo quando as diversas facetas, para cada momento não mais se identificam entre si. Assim ao olharmos para determinado individuo quem é ele? O seu real “eu” é quando ele está no papel de pai? De namorado? De profissional? De amigo? Qual “eu” é o seu verdadeiro “eu”?
O problema que as pessoas vivem em tantos papeis, que nem ela sabe mais qual é o seu “eu” essencial, é neste momento em que a pessoa perde a consciência de si mesmo, e torna-se apenas mais um fantoche dentro do sistema.
Muitas pessoas não tem consciência de si mesmo, vivendo vidas baseadas em estereótipos, em fantasias criadas na própria mente, para acreditarem que vivem dentro de um contexto que as deixa mais feliz, porem vivem uma vida baseada em mentiras, em relacionamentos de mentira, com características que as enquadram dentro de um grupo. As pessoas fingem que gostam de determinadas coisas, as pessoas vivem relacionamentos baseados nos estereótipos acreditados e ou pré-determinados pela massa, às pessoas fingem que gosta de determinadas atividades sociais e culturais, e todo este fingimento é para se incluir e auto afirmar dentro de um grupo. Muitas pessoas perdem a consciência de unidade e vivem vidas baseadas em terceiros.
Além disso, as pessoas se enganam, vivem tanto no estereótipo, fingem tanto que acreditam na própria mentira, e em determinados momentos não conseguem mais separar o que é mentira da realidade, a mentira já está inerente a realidade da pessoa, e logo usurpou a realidade. O sistema provoca esta interface de falta de consciência de si mesmo, para dificultar o entendimento do ser dentro do próprio sistema, pois se a pessoa não tem consciência nem de si próprio como poderá ter consciência e entendimento do funcionamento e existência do sistema?
A falta de consciência do individuo é extremamente importante para o sistema poder usar este individuo como substrato do sistema, a coletividade não podem ter consciência de sigo mesmo, pois a partir do momento que as pessoas tem o entendimento do seu advento como pessoa e consciência disso, elas se tornam mais difíceis de manipulação.
Então por fim responda: Qual a sua concepção de si mesmo?
REDAÇÃO
AFM

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